domingo, 12 de julho de 2009

A Importância da Integridade Pessoal



Quando nos encontramos em momentos de crises, ou duvidamos sobre o caminho correto, ou participamos em reuniões é em que tudo é posto em dúvida; o homem moderno corre o risco (carente de princípios imutáveis, como é comum) de perder o rumo e naufragar, se dando ao fracasso com tudo aquilo que até então lhe tinha parecido sólido e válido. Ou o que é pior, pode cair facilmente na confusão produzida pelos especialistas da linguagem.
Há um tipo de gente, por exemplo, que não havendo feito nada de valor como norma de vida, duvidam e criticam tudo, em discussões ou escritos nefastos. Desta gente tem em abundância no Sistema atual. E dentro do campo catolico não nos livramos desta espécie, claro contágio do ambiente que nos rodeia. Há inclusive povos que têm facilidade para a palavra, o mesmo que outros a têm para a poesia, o raciocínio, a inteligência excelsa ou a criatividade técnica, manual, etc... Curiosamente é o povo de Israel um dos mais dotados no domínio da palavra. Não é de estranhar, pois, que num mundo em que este povo goza do maior poder, vivamos constantemente bombardeados, envolvidos e dominados pela engenharia da palavra.
A melhor e única solução para tampar a boca deste tipo de pessoas, que fala muito e cujo comportamento não costuma ser coerente com relação ao que diz, é situar as coisas outra vez sobre o verdadeiro terreno: a Honra e a Integridade Pessoal.



A HONRA

A Honra, palavra quase desaparecida da vida cotidiana, tem para o catolicismo um valor especial.
Para o católico recupera seu sentido em todos os valores, tudo aquilo que, por pertencer ao campo do espírito, o mundo atual combateu ou desprezou. Os valores, além disso, fazem parte de nosso código genético.
Mas de todas as formas, existe uma ética católico-européia, bem diferente da de outras religioes ou povos, que mostra um modo próprio de se comportar. A Honra é um destes valores que consideramos fundamental e é tanto dentro da igreja como no futuro Estado.
Pelo contrário, o Sistema imperante considera a Honra como algo humilhante, já que sua modernização traria à luz a falta de integridade dos pró-homens do regime atual.
Não escapa de ninguém que boa parte dos parlamentares espanhóis juraram fidelidade ao regime de Franco, para trair este juramento mais tarde e voltar a “jurar” a nova constituição democrática. Isto é assim. Se alguém lhes chama de traidores ou perjuradores ao vê-los pela rua, não lhes xingam, mas que os descrevem com clareza segundo o dicionário da língua espanhola. Estes ditos perjuradores são vistos pelas ruas de Barcelona em cartazes que a extrema esquerda espalhou por todos os lados, reproduzindo umas fotografias de Franco com uma alta personalidade do Estado atual. Deus nos livre de compartilhar estas ilegais idéias da esquerda, mas devemos reconhecer que os fatos são de uma maneira e não como aos nossos governantes gostariam que fossem.
Os camponeses de certas regiões da Europa, os vaqueiros de Santander, por exemplo, ainda fecham negócios com um apertão de mãos. É a forma mais viva da Honra de um povo. Aquele negócio não há quem o mude. Por sua vez, o padre dita uma ordem interna de maneira que na igreja catolica não deveriam se realizar compromissos ou acordos por escrito, nem assinar chumaços de papéis a respeito. A palavra de Honra de um catolico devia ser sagrada. Na igreja, os armários deviam permanecer sem chave. A propriedade de um irmao é intocável. Os integrantes da igreja tinham honra e estavam orgulhosos disto.



A FIDELIDADE

A fidelidade é sem dúvida o centro da ética catolicista!
Se nos unimos a Deus mediante o vínculo indestrutível da Fidelidade, não podemos e nem temos o direito de romper este arma e escudo espiritual formidável.
Quando as “fofocas” fazem sua aparição, a Fidelidade os faz em pedaços. Quando a inveja e a indisciplina para o comando são promovidas por pequenos para contentar estúpidos, a Fidelidade se faz impenetrável. Quando muitos caem na armadilha e tentam abandonar os que caíram por nossos mesmos ideais, só a Fidelidade pode nos salvar do caos. Quando os anos passam e a fraqueza humana se é notada, quando começamos a dizer o que não pensamos para nos “disfarçar” e acabamos pensando o que dizemos; única e exclusivamente a Fidelidade pode nos mostrar outra vez o caminho correto.
Um roteirista pôs palavras na boca de Thomas Moro que “Há coisas que a fidelidade ao meu Rei não me permitem ouvir”. Um tal grau de lealdade é dificilmente encontrável, toda vez que esse mesmo rei, seu amigo, ordenaria sua execução.



A IMPORTÂNCIA DA INTEGRIDADE PESSOAL

Se nos guiamos por estes valores, há momentos em que a vida parecerá mais dura para um do que possa ser para outros, cujo comportamento se adapta sempre às circunstâncias; mas, na realidade, tudo é mais claro, mais simples e, ao longo do tempo, mais fácil para viver.
Se observarmos atenção, veremos que provavelmente não reste na sociedade atual mais moral do que a católica. Não é que tenha outras morais diferentes, é que, na realidade, não existem e, portanto, não podem ser adaptadas como norma de vida.
Se conversando alguém discute sobre se quer ter filhos ou não, se estes tiram do casal os anos de juventude em que podem ser felizes, só trazem problemas e significam uma obrigação vital; haverá quem esteja disposto a consumir todo tipo de anti-concepcionais para evitar sua chegada e outros que, no máximo, decidam trazer ao mundo um ou dois descendentes. Para o católico, as coisas são bem mais transparentes: o casal tem como uma de suas missões mais importantes ter uma numerosa prole. Isto é assim, claramente.

É provável que para este último a vida resulte menos cômoda, mais cansada e cheia de problemas, mas, em última instância, terá cumprido com seu dever e sua Fé e, como disse antes, a vida lhe trará muitas outras alegrias, totalmente desconhecidas pelos casais de egocêntricos que acreditam ver na própria satisfação o único fim deste mundo.
Se, em outra ocasião, alguém comenta as vantagens e desvantagens que acarreta o divórcio, antepondo, no entanto, a própria felicidade pelo fácil caminho da satisfação pessoal por uma nova beleza, um grande amor à primeira vista, etc...; Para o católico tudo é bem mais claro: a fidelidade à própria esposa é fundamental.
Poderíamos adicionar aqui outros exemplos, mas acredito que são suficientes para chegar à idéia proposta. A moral católica (de fato e provavelmente a única aplicável e útil no Ocidente atual) coincide plenamente com o Nacional Socialismo em muitíssimos aspectos. Este último oferece ao homem uma solução política e humana neste mundo, a primeira oferece uma solução para a outra vida. Mas ambos coincidem em oferecer um mesmo comportamento ético e decente, por meio da dureza e da austeridade consigo mesmo, como base para viver corretamente.
Não é normal que ambos os conceitos do mundo, a terrenal subordinada evidentemente à metafísica, sejam o objetivo predileto dos “uni-mundistas”, que aplicaram todas as suas forças para desarraigar os povos e “privar-los” de toda moralidade.
A integridade pessoal é, pois, muito importante e, de fato, tem de ser projetada em todas as facetas da vida: a fidelidade política, a ideologia, a camaradagem, a amizade, as relações com o outro sexo, a relação pais-filhos e vice-versa.
Sim, em nosso campo temos exemplos aos milhares e muitos deles extraordinários, do cumprimento destes princípios; no campo democrático-marxista é tudo o contrário. Não faz muito tempo, uma charge aparecida na imprensa descrevia um típico “progressista” de esquerdas que comentava desmoralizado algo assim: “Os socialistas prometeram uma mudança e só mudaram o que prometeram... Os comunistas tomar o “Palácio de Inverno” e nem os convidam para a “Moncloa”... A direita conservar a sociedade e não conservam nem uma coligação... Os centristas oferecer um ponto de encontro e já têm cinco... Os separatistas acabar com o centralismo e só querem triunfar em Madrid... Volto à Igreja: digo-me à mim mesmo que o divórcio era mal! E continuo dizendo-lo!”.
Ao longo dos anos, na luta política teremos numerosas ocasiões de comprovar até que ponto é importante a integridade pessoal. Ao não conseguir o êxito, surgem, em seguida, os que acham que o problema está numa ideologia errônea, ou num obstáculo histórico muito pesado que não devemos arrastar por mais tempo, ou na falta de “modernidade” de nossas propostas, etc. Quando se começa com isto, não há tempo nem lugar para jogar conversa fora que podem se prolongar indefinidamente e que não fazem mais do que destruir a unidade e coesão internas. Então há que pôr as coisas, como dissemos, sobre o campo da integridade pessoal: fidelidade, lealdade, honra...
Também não faltam discussões sobre a culpabilidade deste ou aquele membro no ocorrer dos acontecimentos. Diante disto, só há uma resposta possível: “não permito que diante de mim ninguém fale mal de outro membro da igreja catolica, seja quem for e seja qual seja minha simpatia para com ele (ou ELA). É meu irmão perante Deus”. Neste sentido, e dada a multiplicidade de pessoas que opinam o que tudo é melhor, tudo se torna melhor e todos são melhores do que os que formam na organização (por muito que poucos fazem um pouquinho), a proposta mais contundente é: tudo o que está na organização me interessa e o que está fora não.
Quando alguém chega a personificar o que sempre se deu conceito por um homem honrado, faz o maior dos favores à ideologia catolica, já que serve de ponto de referência para todos os que lhe rodeiam e conhecem suas convicções ideológicas e políticas. (os líderes (padres, bispos, papa...), devem dar honrosos exemplos...)
Acabemos, pois, tendo bem presente o lema que circulava nos ambientes da igreja, antigamente: “Se ages bem, falarão bem de ti; mas se ages mal falarão mal da igreja”.

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